Hora do parto...como?

Sei que o parto nem sempre é como a mulher planeia, mas muitas vezes é, por isso vamos manter o foco no positivismo.
Para
mim o momento do parto é o que mais me assusta neste longo processo de 9
meses. Quando penso nas mil e uma coisas que podem fazer todo o plano
mudar de rumo, a ansiedade cresce. Estou grávida de 6 meses e já me
sinto ansiosa sobre esse assunto. Quando estou sozinha já penso muito
nesse momento, e se não aguento, e se entro em pânico, e se corre mal, e
se, e se , e se... Acho que a maioria das mulheres grávidas de primeira
viagem pensam assim, não é? É o famoso e temido medo pelo desconhecido.
Se bem que duas gravidezes não são iguais, o desconhecido é mais
poderosos a amedrontar a mãe. Mesmo dentro do pânico consigo organizar
os pensamentos de forma a planear tudo. Por mim, se tudo correr bem,
quero parto normal, com epidural. A única coisa que me convenceu a optar
pela epidural foi ler em vários depoimentos de mães, que graças à
epidural tiveram mais presentes e participativas em todo o parto, e a
experiência é muito menos traumática, diminuindo a possibilidade de ter
depressão pós parto. Isto são factores muito importantes para um dia
como estes seja uma boa recordação e a melhor experiência possível.
Quero
que o Ricardo vá assistir, por mim e por ele. Por mim porque me acalma a
ideia de saber que tenho alguém do meu lado que me acalme, não só
enfermeiros e médicos, uma cara familiar, um mimo diferente. E por ele
porque sei que quando o bebé nascer ele vai agradecer por estar presente
neste momento da vida do filho. Ele aceitou estar presente.
Adoraria que o meu corpo tomasse a decisão de parir sozinho, rebentar as
águas e começar todo um processo natural. Estou a fazer por isso, com
as caminhadas, o yoga, a alimentação cuidada, mas por vezes simplesmente
não acontece e tem de se fazer um parto induzido. Não gostava que assim
fosse, mas também não me preocupa muito. A única questão que me deixa
muito nervosa quando a ponho em causa, porque é uma possibilidade e
tenho de a por em causa, é ter de fazer cesariana. Não quero mesmo nada,
só mesmo em ultimo recurso é que quero essa opção. Primeiro porque é um
cirurgia, só o nome já me stressa. Depois a recuperação é muito mais
dolorosa, e o pós parto muito mais limitado e custoso. Mesmo na
recuperação da forma fisica, é muito mais lenta do que quando se faz
parto normal.
Quero muito que tudo corra com eu imagino, com o pai
lá comigo, com toda a calma possível, e com o final de ter o meu filho
saudável nos braços, para sempre :)